O Brasil e a Nova Ordem Multipolar é ou não quintal dos EUA!

O Brasil vai mante-se independente, ou somos mais uma colônia exploratória de recursos naturais, das potências econômicas; nos livrar-vai  de uma vez por toda da ‘monomania, do espírito viralatista, do lavajatismo’, que de tempo em tempo volta a se acentuar com a mudança de governo e de seu grupo de poder. O Brasil quando irá libertar-se dos domínios do império do Norte. A sociedade precisa se posicionar-se de qual rumo quer tomar, o de ser colônia ou uma nação livre e soberana.

O Brasil perdeu muito a partir do golpe de 2016, a nação brasileira retrocedeu, passou a ser subserviente aos interesses EUA, passamos ser apena um exportador de commodities, ou vamos ser uma nação industrializada e passamos a comercializar nossos produtos manufaturados com altos teor tecnológico. O que vem ocorrendo ultimamente há uma grande disputa nas relações internacionais, de um mundo unipolar para multipolar que está sendo construído. Que tem como aspecto uma Nova Ordem Mundial pela existência de vários centros de poder. Ou vamos continuar a ser um quintal estadunidense! Queiram ou não o Brasil é um dos principais atores da nova ordem multipolar mundial, especialmente como um dos líderes do chamado Sul Global.

A geopolítica mundial exige que passamos a ser ator principal e não coadjuvante ou secundário, de um personagem contrário ao protagonista, aquele que não fazem parte da trama principal. Está evidente de que precisamos marcar terreno neste jogo da geopolítica internacional por momentos de transformações nas ordens de poder global. O momento é histórico, o mundo está vivenciando um novo período nas relações internacionais, marcado pela ascensão de diferentes polos de poder.

É nesse cenário que o Brasil deve se inserir, que com o término do unipolaríssimo, só os fortes irão ditar o jogo com alteração da atual ordem de poder para uma diversificação de poder em nível global. O protagonismo econômico-militar irá prevalecer  transformando a atual ordem mundial unipolar para multipolar. Com certeza que com a queda e a fragmentação do poder unipolar, a chamada Velha Ordem Mundial, marcada pela unipolaridade, vamos com certeza testemunhar o início de uma Nova Ordem Mundial, caracterizada pela multipolaridade, caracterizada por vários centros de poder, que causará grandes mudanças na lógica global e no relacionamento entre nações.

A multipolaridade iniciará uma nova forma de relacionamento entre diferentes nações. Porém, deve destacar que as mudanças advindas desse momento não provocaram a eliminação das tensões geopolíticas globais. Pelo contrário, irá fomentar novas disputas em termos econômicos e militares, em oposição a potencias como os EUA no campo econômico/militar, China principalmente no campo econômico e a Rússia no militar com seu alto poder bélico e riqueza energética. Continuará a haver tensões globalmente por questões como etnia, religião e língua.

Haverá grandes dificuldades de participação das nações mais pobres nas instâncias de diálogo global. O Brasil precisa se enquadrar rapidamente na lógica multipolar, com uma política de Estado independente de governo, de ideologia de esquerda ou de direita, a sociedade precisa definir o que quer ser nesta nova Ordem Mundial Multipolar, sendo um importante ator do chamado Sul Global, ou apena quintal de exploração colonial, em razão da sua grande disponibilidade de recursos naturais, da sua ampla população absoluta, do seu vasto território e do seu diversificado parque industrial, ou um importantes em nível mundial.

Uma das características dessa nova formação é a manutenção de diversos blocos, tanto economicamente, como politicamente, culturalmente e militarmente. Os países formaram, futuramente diversos polos de poder, que têm como características principais a intensificação das trocas comerciais e a participação em organismos internacionais. O aumento das trocas econômicas e culturais são importantes vantagens desse período. Porém, ainda permanecem focos de tensão ao redor de todo o mundo, por diversas questões, mais que levará anos para se definirem qual será a moeda pelas trocas entre nações irá prevalecer, porque o dólar está perdendo sua credibilidade globalmente, devido a política estadunidense de usá-la como arma de guerra contra outras nações.

O Brasil por ser um dos principais atores da nova ordem multipolar mundial, especialmente como um dos líderes do chamado Sul Global, não pode deixar o cavalo selado passar, tal, como foi do pós-segunda guerra mundial, aceitou algumas migalhas do bolo, sucatas e outros etc. Na nova formação geopolítica, o Brasil tem que lutar por um maior protagonismo nas decisões globais. O Brasil precisa se inserir com papel de destaque, nos principais organismos supranacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), como por meio da reforma administrativa do Conselho de Segurança da ONU e a formação de organismos de financiamento global.

Atualmente, a geopolítica mundial é formada pela presença de vários polos de poder, tanto os tradicionais, como Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão, quanto os emergentes, como Rússia, China e Índia, formando assim a ordem mundial multipolar. Entretanto, aos poucos estamos nos recolocando outra vez no cenário geopolítico outra vez, com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao governo pela terceira vez eleito, de que a nação brasileira não é quintal dos EUA.

O economista Paulo Nogueira Batista ressalta que, ao contrário do que ocorre com outros países, no Brasil os EUA não precisaram “dar a cara a tapa” para retomar o controle sobre nossa economia e nosso processo político. “Eles encontram na elite brasileira um monte de sujeitos disponíveis pra fazer o trabalho deles. Porque esses vira-latas nacionais, desculpem-me a ênfase, se orgulham de receber mensagens do império”, diz o economista.

Por termos uma elite sabuja subserviente que não tem projeto desenvolvimentista para nação, só olha para o próprio umbigo. Os embates com uma extrema-direita capacho, e como isso se traduz nos embates das pessoas dentro da própria nação. O Brasil com o Presidente Lula aos poucos vem assumindo esse papel de liderança de superação social, política e econômica, o que incomodam a muitos. Há grande resistência com o Brasil voltando a ser um protagonista outra vez na geopolítica mundial, há maior do que pudéssemos supor a resistência, para com os projetos de reindustrialização.

O brasil vem atuando para tentar reformar as instituições, nossos motores ainda estão avariados de vido aos governos de direita ultraliberais que assumiram o governo nos últimos sete anos, posterior ao governo do presidente Lula (PT), de nos terem submetidos ao domínio imperialista. É preciso muito cuidado, porque já vimos países destroçados pela combinação entre crise interna e pressão externa. Não pense o brasileiro que aqui não acontece. Pode acontecer coisas muito piores se a gente não se der conta. É fundamental que o brasileiro saia do seu comodismo e veja o que aconteceu com países que perderam sua soberania.

O presidente Lula no seu atual mandato vem encontrando grandes dificuldades para implantar diretrizes de seu governo, tanto no âmbito interno como externo em seu terceiro governo. No âmbito interno foi obrigado construir uma frente ampla contra a extrema-direita no âmbito nacional, regional e global, mobilizando o Brasil na defesa de normas ambientais e climáticas acordadas internacionalmente e no desenvolvimento de uma proposta consensuada de regulação da comunicação virtual. Foi com uma frente ampla da esquerda à direita democrática para vencer a ultradireita negacionista no Brasil.

Além da diversificação ideológica, frente ampla esta foi composta por trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos espectros políticos da esquerda à direita democrática. O que com certeza, o presidente Lula foi obrigado a nomear seu ministério, procurando traduzir a ideia de frente ampla na inclusão de atores políticos de diferentes pontos do espectro ideológico e de representantes progressistas, conservadores e nacionalmente reconhecidos da sociedade civil. Construiu um governo com peso político contra um adversário extremista, que mesmo derrotado nas urnas não aceitaram o resultado, continuam tentando descontruir a nação.

Ainda nessa lógica, que tem como lema do governo federal “União e Reconstrução”. Lema este como um esforço de combater uma extrema-direita ultraconservadora, ultraliberal e antidemocrática, que chegou ao comando do Estado brasileiro pela primeira vez, desde o início do processo de redemocratização do país, em 2019, com a liderança de Jair Bolsonaro. Que tinha como projeto de país, por um desmonte do Estado, da harmonia entre seus três poderes e de políticas públicas de bem-estar social e reconhecimento de minorias, além da adoção de negacionismo climático em meio ao aumento do desmatamento da Amazônia e de desastres ecológicos em outros biomas.

Na política externa, o comportamento do Brasil oscilou entre um alinhamento automático ao governo de extrema-direita do Donald Trump, nos EUA, durante a primeira metade do mandato, e uma ausência de estratégia clara na segunda metade, após Donald Trump ser substituído por Joe Biden no comando da Casa Branca. Os ataques frequentes a Pequim, às Nações Unidas e seu “globalismo” ou ainda “marxismo cultural”, o abandono de qualquer projeto de liderança regional na América do Sul e nas relações Sul-Sul, entre outros aspectos, foram as marcas do governo Bolsonaro.

Esse terceiro governo do presidente Lula tem muitas dificuldades em implementar políticas progressistas e desenvolvimentistas, devido sua coalização de espectro ideológico antagônico em diversas áreas vital para a nação. Pactos este estabelecidos pelas forças políticas democráticas de diferentes matizes ideológicas, possam estabelecer canais de diálogo, dos progressistas aos conservadores; na construção de uma governabilidade partidária em torno de temas, respeitando a autonomia e fomentar acordos tanto entre os três poderes da República, quanto entre União, estados e municípios, a elaboração de políticas públicas requererá maior articulação entre ministérios diferentes. Com este perfil de frente ampla, não afete negativamente na política pública de cunho social e econômico, e na política externa, a fim de compreender que conteúdo ela tende a assumir com a eventual mudança de um mundo unipolar para multipolar. A partir da inserção internacional brasileira traçados por  uma política de Estado independente de governo.

Brasil de uma elite econômica e política vira-lata, quando olhamos os processos mais recentes, de ter uma política independente e pela falta de coragem, não avançamos em nada no cenário internacional, ou vamos continuar a aguardar até quando para nos livrarmos da síndrome viralatista, para assumir seu lugar entre os líderes do cenário mundial. O país dispõe de inúmeros fatores naturais, culturais, para alavancar  sua independência econômica e política. Independentemente dessas potencialidades, vemos o país submisso ao imperialismo ianque.

Países de menores relevância globalmente são agressivos em suas políticas externas. O Brasil precisa de agendas política ativa e altiva como diz Celso Amorim, um dos maiores nomes da diplomacia brasileira na atualidade, teve grande destaque como Ministro das Relações Exteriores durante o governo Lula, entre 2003 e 2010. Amorim afirmando que a Política Externa do Brasil deve ser ativa e altiva. O país não pode temer a tornar-se protagonista, tampouco ter receio de tomar decisões, nem se dobrar a outras agendas que não corresponda aos interesses nacionais, apenas por terem sido definidas por alguma potência hegemônica. Em suas palavras, deve “ter capacidade de resistir ao que não interessa”.

A estigma de que o Brasil é um país em desenvolvimento e latino-americano ser apena quintal de exploração. Chega de ser apena ouvinte e passamos ter uma interlucoção de iguais, não podemos nos curvar à agenda internacional sem questionar. Vamos ser altivo no sentido de reagir à agenda imposta, além de ter e apresentar a nossa própria agenda. Temos que dá exemplo de altivez nesse momento de transformação nos posicionando contra a tudo que não venha em pró desta nação, além de ganhar respeito dos países globalmente com uma agenda ativa e altiva dos nossos interesses, que não seja restrito apenas ao nosso território, mas que se eleve ao nível global. O Presidente Lula busque utilizar o seu grande capital negociador de maneira efetiva a fim de se inserir no âmbito de negociações que traga a ascensão do Brasil no concerto internacional. Por meio na busca e abordagem as agendas de paz e segurança internacionais, através do diálogo. O país não pode ser um súdito e quintal estadunidense.

Muito se fala em falta de vontade política. Mas na verdade, eu vejo é falta de coragem política. Não há independência quando uma parte dos políticos tentam dividirem a nação, incentiva o cidadão a cultuarem e beijarem bandeira de outra nação. Coragem para finalmente realizar o tão necessário reconhecimento de suas ações, coragem para fazer o enfrentamento geopolítico, coragem para investir na educação, o tanto que o país precisa para sua alto-independência; coragem para estabelecer políticas industriais de longo prazo; coragem para reconhecer a contribuição positiva de antecessores e adversários; coragem para abrir mão de interesses pessoais e partidários, em prol da nação.

Lula é um ser enigmático, o que não falta é coragem e orgulho de se assumir como um verdadeiro brasileiro e patriota. Ser patriota é defender o que realmente transforma um país em ser soberanos em suas políticas nacional e internacional. É um sinal que os faz ser reconhecidos no mundo inteiro, quando na nação existe uma elite vendida à troca de migalhas oferecida pelo império do Norte. Não haverá patriotismo, não haverá independência, onde o dinheiro compra as opiniões, compra as ideologias, corrompe os bons costumes e acaba com a democracia, não há soberania. Esse momento tem como consequências mudanças profundas nas lógicas políticas, econômicas e militares mundiais. Que com certeza irá apresentar algumas vantagens e desvantagens do estabelecimento de uma lógica multipolar de poder global.

O mundo está vivendo um grande desafio, entretanto, é uma preciosa janela para a nação brasileira despontar, como uma liderança, tanto interna como externa. As nações está na efervescência da mudança unipolar para a multipolaridade. O Brasil tem condição de ser uma potência global, mas, precisa que os políticos façam sua parte. Se esses políticos que estão no comando da nação não entenderem o que está acontecendo e, está nos oferecendo só discórdia, com certeza vamos ser engolidos pela síndrome viralatista. Acorda políticos e porquê não a própria sociedade, pense em um projeto coletivo para a nação.

Ninguém está pedindo para abdicarem de seus ideais ideológicos. Mas, que abra mão de seus projetos pessoais e partidários por uma nação grande. O bem maior é a nação brasileira que alguns grupos políticos que estão no Congresso Nacional, no Banco Central do Brasil, no sistema financeiro, no industrial e porquê não da própria sociedade, que estão em posição de poder não têm interesse público, em desenvolverem o Brasil. Nem sempre estão pensando em interesse público. E deviam estar. Portanto, fica difícil de pensar em uma grande nação, desenvolvida e independente economicamente e politicamente, para fazer o país evoluir.

O Brasil é muito grande para ser quintal, Lula disse e vem afirmando que o país pode “voltar a ser a sexta economia mundial”, posto que alcançou em 2011. A nação precisa unir-se em torno de um projeto progressista. Para alçar este voo superior, foi preciso recuperar a capacidade de planejar o desenvolvimento para concentrar no que realmente importa: “melhorar a vida das pessoas”, de que  Brasil não irá jogar fora nenhuma oportunidade de crescer. Tenta ampliar influência do Brasil no mundo. O Brasil aposta na redução a dependência global em relação ao dólar norte-americano. No cenário internacional oferece obstáculos e oportunidades para o Brasil. Entre os obstáculos estão, por exemplo, a complexidade da crise envolvendo russos e ucranianos, palestinos e israelitas. Já entre as oportunidades estão o fato de que, durante seu mandato, o Brasil terá a chance de presidir o Mercosul, os Brics e o G20, oferecendo múltiplas plataformas para que o país tente avançar sua agenda.

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