O segundo turno entre Lula e Bolsonaro consolida a polarização social no Brasil!

O Brasil vive uma perigosa divisão sociopolítica nítida, não será só uma mudança de governo no rumo da nação neste 2º turno para Presidente da República do Brasil. Fica mais que nítida a separação da população em dois polos social um mais ao centro para esquerda, o outro lado do atual presidente do Brasil para direita mais ideológica radical. Mais do que uma mera divisão política, a eleição presidencial, marcada para amanhã deste domingo dia 30 de outubro, atesta que há uma divisão social no Brasil. Em que a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL) não é mais sobre partidos, mas entre grupos sociais que lutam por direitos e reconhecimentos.

É o que os especialistas em pesquisas de opinião e redes sociais vem observando, constatando o comportamento da população se postando em dois polos antagônicos e de difícil reconciliação futuramente nos pós eleição. De acordo com os especialistas mostra uma polarização entre esses dois candidatos ao posto do Palácio da alvorada, ganha uma dimensão quando se compara as tendencias dos eleitores dos candidatos à Presidência da República. Juntos os dois pretendentes ao cargo de próximo presidente da República que agruparam no primeiro turno aproximadamente em 91% dos eleitores, o que garantiu aos dois disputarem em um 2º turno ao posto de Presidente para o período de 2023/2026. Um eleitorado de cada um pertence a grupos sociais opostos.

Os especialistas ao analisarem esses grupos e pensamentos chegaram a uma conclusão, de que a uma divisão social fica mais evidente na oposição entre o eleitorado católico e evangélico. Nesse caso, enquanto Lula registra a maior taxa de intenção de votos entre os católicos (53%) e Bolsonaro a menor (27%), o ex-presidente tem 30% da preferência dos evangélicos, enquanto o atual tem 47%. Já por região, o Nordeste vota em Lula: 61%, contra 22% de Bolsonaro. Mas o Sul se divide entre 39% para o pré-candidato do PT e 41% para o do PL. “Percebemos que as eleições deste ano estão opondo dois Brasis”, destacam  os pesquisadores. A pesquisa também aponta que além de pertencerem a grupos sociais diferentes, os brasileiros que votam em Lula e em Bolsonaro também pensam de formas opostas, principalmente sobre as mortes da pandemia de covid-19 e as questões econômicas ligadas à inflação e ao desemprego.

Parte dos dados, mostra que 85% dos eleitores de Lula acham que as decisões tomadas por Bolsonaro foram equivocadas. Mas apenas 16% dos eleitores do atual presidente concordam com essa afirmação. Há uma grande discordância também sobre a avaliação da situação econômica do país. Ao menos 80% dos eleitores de Lula acham que ela piorou. Enquanto apenas 28% dos eleitores de Bolsonaro dizem o mesmo. Eles justificam, em sua maioria, que o cenário deve melhorar. E que a inflação é um problema que ocorre em todo mundo para absolver o presidente de sua responsabilidade. Se alguém tinha dúvida, esses dados mostram que a polarização política se transformou em polarização social. A disputa não é mais entre partidos, mas entre grupos sociais que lutam por direitos, privilégios, garantias e recursos limitados. Ninguém vai querer perder.

Neste 2º turno há uma polarização e nacionalização da disputa a nível regional no país. Só analisar o mapa eleitoral brasileiro, que a sociedade brasileira tem um viés de centro para direita mais evidente. Portanto, não será desarmados os palanques eleitorais logo ao ser propagado o vencedor  político ao pleito presidencial, seguirá polarizado entre o campo progressista em um futuro governo com Lula ou com a extrema-direita bolsonarista não irá aceitar ficar na oposição, eles vão marcar terreno, principalmente através de atos ostensivos  ao opositor. O modo como cada um desses campos vai se configurar está em aberto e depende de muitas variáveis. Estamos há um dia de determinarmos se há continuação do atual governo de direita com Jair Bolsonaro ou, se haverá a mudança na política com Lula. Há vésperas do 2º turno presidencial, as pesquisas eleitorais convergem para uma consolidação da vantagem de Lula sobre Bolsonaro. Todos os levantamentos têm mostrado o petista na faixa dos 53% dos votos válidos contra 47% do líder da extrema-direita.

Tal cenário sinaliza uma recuperação de Lula quanto ao clima do momento imediato pós votação no 1º turno, quando Bolsonaro teve um resultado maior que o apontado pelas pesquisas e conseguiu criar uma “onda” a seu favor. Os levantamentos de opinião de voto do começo do 2º turno apontaram que a vantagem do ex-presidente Lula estava sendo corroída lentamente e o que se via era uma redução para um patamar de 52% a 48%. Três eventos serviram para mudar isso, permitindo que Lula retomasse a vantagem eleitoral, o abjeto relato de Bolsonaro que afirmou “ter pintado um clima” com meninas venezuelanas de 14 anos, em 14 de outubro; a declaração do Ministro da Economia Paulo Guedes sobre a proposta do futuro governo Bolsonaro de desindexar o salário mínimo e a aposentadoria da inflação, produzindo perdas na renda dos mais pobres, em 19 de outubro; e o episódio de resistência fascista de Roberto Jefferson, aliado do presidente que disparou três granadas e cinquenta tiros de fuzil contra a Policia Federal em 23 de outubro.

Portanto, há um paralelo que pode definir essa eleição por uma margem muito pequena que foi a retomada das ruas pela população e, ao endurecimento e cerco contra as plataformas que vem divulgando fake-News pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão máximo da Justiça Eleitoral,  que vem exercendo um papel fundamental na construção e no exercício da democracia brasileira. Suas principais competências estão fixadas pela Constituição Federal. E para melhor entender esse acirramento ideológico iniciou-se em uma nova mobilização do atual Presidente Jair Bolsonaro  com a mobilização contra a lisura das eleições a partir de uma denúncia feita no dia 25 de outubro sobre uma suposta não inserção de materiais da campanha de Bolsonaro em rádios no Nordeste. Mais uma vez sem apresentar provas, Bolsonaro reagiu ao arquivamento do processo pelo TSE, ameaçando “ir às últimas consequências”. Seus aliados bolsonarista falaram em até adiarem a eleição, enquanto os políticos do Centrão que o apoiam seguem se recusando a aderir ao caminho golpista.

Será preciso ir além do que vai acontecer neste domingo, dia 30 de outubro, com a provável vitória de Lula e o não reconhecimento do resultado por Bolsonaro,  como também a própria reeleição do atual Presidente as eleições de 2022 e também como se organizou o quadro político institucional brasileiro para os próximos quatro anos na eleição. Vamos aqui analisar duas dimensões, a do parlamento e dos governadores. Em ambos o resultado foi uma polarização e uma nacionalização inédita das disputas que reproduz o quadro presidencial, não apenas entre esquerda e direita, mas entre democracia e autoritarismo. A polarização na Câmara dos Deputados e nacionalização nas Assembleias Legislativas.

Na Câmara dos Deputados, os partidos de Bolsonaro e Lula saíram com as duas maiores bancadas parlamentares. O PL elegeu 99 deputados enquanto a federação do (PT, PCdoB e PV) obteve 80 parlamentares. Quando se somam os campos políticos, os três partidos considerados Bolsonarista chegam a 187 deputados e o bloco de esquerda, incluindo a federação PSOL e Rede e também o PDT e o PSB, somam 125 congressistas. Por fim, o total de deputados dos partidos de direita tradicional chega a 201. Ocorre que estes não formam um bloco coeso. O cenário então é de polarização entre esquerda e o bolsonarismo, com a ressalva que cerca de ⅓ dos deputados eleitos pelos partidos bolsonarista são oriundos da política tradicional e dificilmente farão oposição radical a um futuro governo Lula.

Em um futuro governo Lula terá o desafio de, mais uma vez, atrair setores da direita tradicional, como é o caso do MDB que já se aliou a Lula em vários Estado da União. A novidade é que pela primeira vez será preciso enfrentar uma oposição de extrema-direita radical com pelo mesmo tamanho do bloco de esquerda, isso porque projetamos saídas de políticos pragmáticos dos partidos bolsonarista que deve chegar a um terço dessas bancadas. O mais interessante é que, de maneira também inédita, essa polarização se reproduziu nas Assembleias Legislativas estaduais, demonstrando que as disputas nacionais se impuseram às locais. Os partidos de Bolsonaro e Lula conquistaram as maiores bancadas: o PL foi o mais votado e somou ao todo 126 deputados estaduais. Já o PT foi o segundo, chegando em 117 parlamentares estaduais. O MDB que havia sido o partido com mais deputados estaduais em 2018, caiu para a terceira posição; e o PSDB, que era o quarto, caiu para a oitava posição.

É interessante notar também que, enquanto as federações da esquerda que apostaram em colar sua imagem com Lula cresceram, não só do PT, PCdoB e PV, mas também PSOL e REDE, os partidos de esquerda que buscaram um afastamento, como o PDT, ou uma independência, já o caso do PSB diminuiu no plano estadual como no plano federal. A polarização e a nacionalização nas disputas para os governos estaduais dos 27 executivos estaduais que estavam em disputa, 15 já foram resolvidas no 1º turno: Acre, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins. E em 11 desses estados o que se viu foi uma disputa polarizada e nacionalizada entre um candidato bolsonarista e lulista. As exceções foram Goiás, Roraima e Tocantins, em que as disputas se deram entre candidatos bolsonarista; e Rio Grande do Norte, em que os dois primeiros colocados no pleito apoiaram Lula.

Isto significa dizer que mesmo nesses casos, a nacionalização foi a regra, embora sem polarização pelo tamanho da hegemonia de um dos lados. Ou seja, nenhum candidato da chamada terceira via venceu um governo estadual no 1º turno. Em 12 estados teremos 2º turno para governador. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. Em cinco desses as disputas se dão entre um candidato bolsonarista e um candidato lulista: Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo. Novamente, as exceções se concentram em estados nos quais um dos campos tem tanta força que inviabiliza a polarização. É o que ocorre no Mato Grosso do Sul e Rondônia, em que os dois candidatos no 2º turno são bolsonarista. E também em quatro estados da região Nordeste, cuja força do presidente Lula levou ACM Neto (UB), na Bahia, Pedro Cunha Lima (PSDB), na Paraíba, e Raquel Lyra (PSDB), em Pernambuco, a declararem neutralidade; e Fábio Mitidieri (PSB), em Sergipe, a declarar apoio a Lula.

Todos disputam ou com candidatos petistas na Bahia, Paraíba e Sergipe ou com uma figura que recém saiu do PT, e que mantém fortes laços com Lula, como é o caso de Marília Arraes, em Pernambuco. Por fim, o único estado em que um candidato da terceira via pode se eleger é o Rio Grande do Sul, em que o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) lidera as pesquisas de intenção de voto contra o ex-ministro e um dos principais expoentes do bolsonarismo, Onyx Lorenzoni (PL). Porém, vale lembrar que, mesmo nesse caso da disputa pelo governo gaúcho, Leite conquistou a vaga no 2º turno com apenas 2.500 votos a mais que o candidato petista Edegar Pretto. Ou seja, por muito pouco que a polarização nacional não se impôs em todos os estados da federação.

Houve uma polarização e a nacionalização nas disputas para o Senado, mas não menos importante, podemos afirmar que os 24 dos 27 senadores eleitos em 02 de outubro se vincularam diretamente a um dos polos nacionais, sendo apenas três eleitos com neutralidade. No total, foram 16 bolsonarista e oito lulistas eleitos. Com a configuração que está ficando demonstrada dessa disputa eleitoral, o futuro seguirá polarizado entre o campo do progressista de esquerda e, da ultradireita. O campo vai se configurando em total incerteza. Por exemplo, se em um futuro governo Lula ele terá sucesso em cumprir sua principal promessa, que é melhorar a vida das pessoas. Ou se o atual presidente Jair Messias Bolsonaro for reeleito, ele irá encontrar uma oposição que fará prevalecer a regras do jogo democrático na sua política neoliberalista, ou ele seguirá sem desarmar o palanque como está sendo o seu primeiro governo que está finalizando em dezembro de 2022.

Outra questão fundamental é se a direita tradicional conseguirá se reorganizar. Não será fácil, uma vez que esse campo só contará com poucos governadores se forem eleitos, como Eduardo Leite e talvez Raquel Lyra. O problema é que ambos governarão estados em que a os polos lulista e bolsonarista seguirão fortes por muito tempo, o que certamente trará dificuldades para suas gestões. As urnas no 1º turno só vieram a confirmar de que havia uma polarização do ex-presidente Lula e do Presidente Bolsonaro amanhã em o 2º turno. Corrida eleitoral estimulou candidatos a adotarem estratégias agressivas na disputa ao Planalto. Campanha foi marcada por ataques mútuos e busca pelo voto dos indecisos. Por esse motivo, há uma breve digressão sobre a crise que a nação brasileira vive nos últimos anos, sem a qual não é possível compreender o significado das eleições de 2022 e avaliar politicamente os seus resultados.

Com o golpe do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), em abril de 2016, liberou forças sociais que aqueles que o perpetraram, em particular o capital internacional e a burguesia brasileira a ele associada, jamais conseguiram controlar novamente. O movimento de massas das classes médias e da pequena burguesia, que inicialmente saiu às ruas para demandar a deposição do governo petista, paulatinamente adquiriu feições fascistas e se radicalizou à medida que o sistema partidário foi atingido e descredibilizado pela operação Lava Jato, tornando-se autônomo em relação à grande burguesia. Para alcançar este objetivo, a ofensiva judicial dependeu do apoio e da mobilização das classes intermediárias que se opunham aos governos petistas, movidas pelo preconceito de classe e pelo anti-igualitarismo, cuja força social foi indispensável para curvar as demais instituições estatais e legitimar as arbitrariedades e ilegalidades cometidas pela ação do sistema de justiça. A pretensão da Lava Jato de depurar o sistema político fortaleceu nas classes médias e na pequena burguesia as suas tendências de fascistização.

A difusão da ideologia da antipolítica agravou a crise de representação dos partidos burgueses tradicionais, criando as condições “para um personagem medíocre e grotesco representar o papel de herói” e liderar um movimento reacionário de massas. O que permitiu a chegada do fascismo ao poder, intensificando o conflito distributivo de classes e das disputas entre as frações burguesas pelo controle do aparelho estatal; a ofensiva do bloco no poder contra as massas populares; as sucessivas derrotas e a defensiva das classes trabalhadoras; o irrompimento do movimento pequeno burguês e de classe média na cena política; a crise dos partidos burgueses tradicionais e a ruptura das relações entre representantes e representados. Trata-se de uma crise de hegemonia em que as classes dominantes cooptam o movimento reacionário em ascensão para garantir o controle do aparelho de Estado e implantar medidas regressivas contra os trabalhadores, que se encontram desmobilizados e incapacitados para esboçar uma reação.

Apesar de ter ascendido espetacularmente e em nível nacional como representante deste movimento reacionário de massas, Jair Bolsonaro só pôde vencer as eleições de 2018 porque Lula foi preso e teve seus direitos políticos cassados. Mesmo com todo o desgaste provocado pela ofensiva judicial e com o crescimento do antipetismo na sociedade, Lula permaneceu como liderança política inconteste e com a preferência da maioria dos eleitores, sobretudo entre os mais pobres. O caráter político de sua prisão ficou ainda mais evidente quando o juiz Sérgio Moro, autor desta decisão, foi nomeado por Bolsonaro como ministro da Justiça. Eleito Jair Messias Bolsonaro para presidente em 2018 ele passou a promover a barbárie. Deu prosseguimento às reformas neoliberais implementadas após o golpe de 2016, que agravaram dramaticamente a crise econômica e social no país, levando 33 milhões de pessoas à miséria e à fome. Difundiu o negacionismo científico durante a pandemia da Covid-19, incentivando aglomerações, sabotando as medidas de isolamento social e atrasando propositalmente a compra das vacinas, fazendo do Brasil o segundo país com mais mortes no mundo, com quase 700 mil óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos.

No meio-ambiente, desmontou os principais órgãos de fiscalização e controle, incentivando as queimadas, a grilagem e o garimpo ilegal em terras indígenas. Nas relações exteriores, fez o Brasil atingir a condição de pária internacional ao se associar ao trumpismo e à internacional fascista dirigida por Steve Bannon, assumindo o isolamento diplomático como a linha oficial de sua política externa. No plano doméstico, incentivou a violência política e agitou diuturnamente o golpe de Estado, armando seus apoiadores e convocando manifestações pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. A política de Jair Bolsonaro atendeu a interesses sociais específicos e poderosos, o que lhe garantiu, até o momento, a impunidade. As desregulamentações trabalhistas e as privatizações unificaram o apoio do médio e do grande capital ao governo, sobretudo a burguesia comercial varejista, que demonstrou uma adesão mais orgânica e explícita ao bolsonarismo.

A distribuição de milhares de cargos civis para militares no governo, a concessão de regalias e privilégios para oficiais de alta patente, e a substituição dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica permitiram a Bolsonaro estabelecer o seu controle sobre as forças armadas. As igrejas evangélicas conservadoras, que fornecem uma base popular para o governo neofascista, foram beneficiadas com o aumento das verbas de publicidade estatal para as suas rádios e TVs, e com a ocupação de cargos estratégicos para a luta ideológica contra os movimentos sociais. Os partidos de patronagem, clientelistas e fisiológicos, que são característicos do sistema partidário brasileiro e que possuem a maioria no Congresso Nacional, mais conhecidos como “centrão”,  aderiram ao governo durante a crise da Covid-19, após terem obtido aumento significativo de recursos no Orçamento Federal para barrar a abertura dos pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Os proprietários de terras foram favorecidos pelo desmonte das proteções ambientais e pela flexibilização do porte de armas, o que levou ao agravamento do desmatamento e da violência no campo, com a formação de milícias que constituem a base rural do fascismo brasileiro.

Nos centros urbanos, o bolsonarismo avançou na organização armada de sua base militante, ampliando assustadoramente o registro de armas de fogo e de clubes de tiro, e consolidou a sua influência sobre os escalões inferiores das forças armadas e de segurança incluindo soldados, cabos, sargentos e capitães. Emulando Benito Mussolini, o Duce brasileiro tem mantido a sua base mobilizada em “motociatas”, desfiles de Harley-Davidsons e motocicletas de luxo que ocorrem em diversas cidades do país com a participação do presidente e seus apoiadores. Em resumo, Jair Bolsonaro formou uma poderosa frente política, envolvendo a sua base pequeno-burguesa e de alta classe média, os proprietários de terras, o médio e o grande capital, sobretudo a burguesia comercial varejista, as forças armadas, as igrejas evangélicas conservadoras e os partidos fisiológicos e clientelistas.

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9 comentários em “O segundo turno entre Lula e Bolsonaro consolida a polarização social no Brasil!

  1. I hope that Lula will win because he respects and upholds BRICS.
    I am very disappointed that Bolsonaro voted against Russia at the UN in New York. Shame on him! Brazil is a member of BRICS! Where is the loyalty? It is missing, unfortunately!
    BRICS: BRAZIL – RUSSIA – INDIA – CHINA – SOUTH AFRICA
    All the other members abstained or voted for Russia at the UN. Only Bolsonaro’s envoy did not respect it!

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  2. Hi, I saw that you wanted to publish this post as a comment on my blog. I’m sorry but I don’t do that kind of thing and it’s not personal or I don’t have anything against your opinions and writings, it’s just that I don’t do that on my blog. All the best!

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    1. That was not my intention to publish as a comment and, as an alert about what is happening in Brazil, with the extreme right advancing every day on all continents. What is happening is the advance of these antlancists wanting to dominate the minds.

      Curtido por 2 pessoas

      1. I completely understand and I do sympathise with you, the things happening in Brazil, and many other parts of the world, are horrible. It’s just that I don’t want the comment section on my blog to be filled with political statements. But everything we do are political in some way or other … so it’s difficult.

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